Para andar mais seguro

Com tanto a ser feito no celular (como entrar na internet, mandar mensagens ou atualizar o facebook) com tão pouco espaço para fazer, parece besteira não aproveitar o tempo que gastamos indo e voltando dos lugares, mesmo que seja andando. Ficou muito mais fácil se envolver em acidentes com o tanto de opções de distrações que tem por aí.

Parece que parar de parar com essas tarefas não é a única maneira de evitar acidentes, já que foram criados apps que ajudam a tornar a caminhadinha multitask mais segura. Ou menos perigosa.

O TextVision, Type n Walk e oEmail ‘n Walk são exemplos desses apps. Com eles é possível deixar a tela de onde o email será escrito transparente e, através da câmera do celular, enxergar o que está a frente da pessoa. Já o Jawbone é um produto que permite que a pessoa de trocar mensagens com a voz, dividindo a atenção com a rua.

Email ‘n Walk

Type n Walk

Text Vision

Jawbone

Le Salon do Thalys

Thalys, o trem de alta velocidade que liga Paris, Bruxelas, Amsterdam e Cologne, tem uma opção um tanto quanto diferente para aqueles que querem viajar em uma espécie de primeira classe especial. É um vagão/sala para reunião de até quatro pessoas no primeiro vagão do trem.

A sala, ou “Le Salon”, é um espaço privado com quatro cadeiras super confortáveis e uma mesa especial para conferências, além de wifi, refeição e jornais. Os preços são 10% maiores em relação ao preço da primeira classe comum e a compra das passagens/aluguel do espaço deve ser feito com antecedência.

O Le Salon tem a intenção de ajudar a vida de empresários e pessoas de negócios que precisem fazer uma viagem de trem. Além do conforto e privacidade que oferece, ele também tem um site de carpooling para antes e depois da viagem.

Solaroad

Ciclovias cobertas com placas solares prometem gerar watts para fornecer energia aproveitável na iluminação pública e doméstica.

Conhecida como o país dos moinhos de vento, dos sapatinhos de madeira e das tulipas, a Holanda também é reduto dos apaixonados por um dos meios de transporte mais ecológicos, a bicicleta. Para incentivar o uso da magrela e também reduzir as emissões de carbono, uma cidade holandesa pretende implementar uma ciclovia capaz de gerar energia a partir da luz do sol.

Ainda em fase inicial, o projeto conhecido como SolaRoad foi desenvolvido pela Organização Holandesa de Pesquisa Científica Aplicada (TNO) em parceria com a empresa de tecnologia Imtech, e deverá ser implementado em 2012 na cidade de Krommenie, próximo a Amsterdã (uma das 10 melhores cidades do mundo para se pedalar).

Com 10 quilômetros de extensão, a ciclovia será feita de uma base de concreto com medidas entre 1,5 e 2,5 metros de largura coberta por uma camada de células solares de silício. O sistema gerador será protegido por uma placa de vidro resistente às pedalas dos ciclistas e, segundo os criadores, forte o suficiente para suportar até mesmo o peso de uma caminhão.

A expectativa dos desenvolvedores é que o SolaRoad gere 50kWh por metro quadrado ao longo ano, valor que deve ser suficiente para abastecer a iluminação de ruas próximas à ciclovia e de semáforos. Além disso, a energia excedente pode ser aproveitada para uso doméstico. O site do projeto desataca ainda que o conceito, parte do programa de energia renovável holandês,  poderia ser implantado em toda a rede rodoviária do país, de 137 mil Km.

Anunciado no final de janeiro desse ano, o projeto tem recebido críticas sobre a possibilidade de ciclistas deslizarem na superfície de vidro, particularmente em condições molhadas. Em entrevista ao site sobre ciclismo Road.cc, um porta-voz do TNO disse que o “protótipo atual da superfície do vidro é tratado para criar uma aspereza que dá resistência suficiente para uma utilização segura da estrada, tanto em condições secas quanto em molhadas”.

Metro Mates

Não é apenas usando o facebook ou o twitter que as pessoas podem se conectar, existem muitas maneiras (a cada dia aparecem mais) de levar a conectividade que existe na internet para o offline, para a vida real.

Em Nova Deli, na Índia, foi criado um aplicativo que conecta, através de bluetooth, pessoas com perfis e gostos parecidos durante o tempo em que passam no metro da cidade.
Trata-se do Metro Mates, onde a pessoa se cadastra no site com suas informações: como é sua personalidade, seu tipo físico, quais são seus interesses e se procura namoro ou amizade. Além disso, os usuários também marcam o quando utilizam o metrô, o tempo que gastam lá e suas rotas.

O aplicativo conecta dois perfis parecidos e o usuário aprovando o que vê no perfil do outro, pode interagir.

Outdoor móvel como transporte

Em Gana, outdoor móvel funciona como autocarro escolar gratuito.

Em algumas zonas de África, as crianças precisam de caminhar até 10 km para chegar à escola, fazendo da assiduidade um desafio. Ao mesmo tempo, a indústria africana de publicidade está a crescer mais rápido do que qualquer outra no mundo – quase 20 por cento anualmente. Adicionando os dois factos, pode-se ver a lógica por trás do TriKademiK, um novo esforço de marca lançado através do programa de Marketing socialmente inteligente da empresa francesa Instinct.

Como parte do seu esforço para promover plataformas de publicidade que prestam serviço às comunidades carenciadas, a Instinct lançou em Fevereiro de 2010 o TriKademiK piloto no Gana, com o patrocínio da operadora de telecomunicações móveis Zain Gana. O TriKademiK é essencialmente um triciclo que é alugado como um outdoor móvel durante a prestação de serviço de transporte escolar gratuito para até seis crianças de cada vez. Começando por duas aldeias na região de Hohoe, no Gana, o esforço permitiu a 40 crianças ir para e voltar  da escola diariamente, e tem proporcionado emprego para 10 moradores locais como motoristas. Quando não no uso para fins escolares, o triciclo pode ser convertido para uso de transporte de carga. Os veículos TriKademiK são fáceis de configurar e têm a duração de três anos; a formação do condutor foi fornecida pela Instinct, assim como a manutenção.

Apenas no mês passado, outro esforço TriKademiK foi lançada no Gana, desta vez em Koforidua com o patrocínio da empresa de bebidas Voltic, que faz parte da SAB Miller. Através desse esforço, 55 crianças podem  frequentar a escola e uns adicionais 10 motoristas são empregados. Em última análise, a Instinct visa estender-se a outros distritos e regiões, assim como criar uma frota de 1.200 triciclos no Gana que levem 7.200 crianças para a escola diariamente.

Táxis japoneses com wifi e PSP

APara facilitar a vida dos passageiros, 820 táxis da cidade de Tokyo passarão a contar com um novo atrativo: os veículos vão oferecer conexão Wi-Fi gratuita para os clientes. A proposta é resultado de uma parceria da companhia de com a DoCoMo, gigante do ramo da telefonia celular no Japão.

A iniciativa ainda prevê que 100 dos 820 sedans possuirão consoles PSPgo, uma das últimas versões do PlayStation Portable, da Sony. Os usuários poderão usar o console gratuitamente durante todo o trajeto, podendo se comunicar com o motorista caso não fale a mesma língua que ele e até ajudando a chegar onde deseja. Os veículos equipados com as novidades serão identificados por selos exibindo o símbolo do Wi-Fi da DoCoMo.

Go Jek

Moto táxi se tornou uma das melhores opções de trânsito de Jacarta, na Indonésia, por ser um dos únicos meios de transporte que consegue se locomover na caótica cidade. Apesar disso, a grande maioria dos motoqueiros não tem licença para trabalhar. A startup Go-Jek tenta mudar esse cenário profissionalizando, aumentando a segurança e a confiabilidade do serviço.

Go-Jek é táxi, mensageiro, entregador e transporte, seja para negócios ou para lazer. A pessoa liga e determina qual o tipo de serviço precisa (se é para empresas ou pessoas, pacotes, etc). A central entra em contato com o motoqueiro mais próximo e o preço é determinado pela distância e tipo de serviço. Eles tem as viagens monitoradas por precaução e carregam sempre os equipamentos de segurança necessários para levar suas encomendas ou passageiros.

Os motoristas são todos recrutados por um sistema de recomendações e referências, para para garantir a confiabilidade do sistema.

The Do Good Bus

Tudo começou quando Rebecca Pontius, cofundadora, alugou um ônibus para levar os amigos até sua festa de aniversário, e ela percebeu o quanto podia ser divertido apenas ir até certo lugar. Junto com isto, sempre ouvia des outras pessoas “Eu quero fazer trabalho voluntário, mas só não sei como”. Decidiu então fundar, com mais dois amigos (Hannah Halliwell e Stephen Snedden), o The Do Good Bus.

O legal do The Do Good Bus é que os passageiros só ficam sabendo pra onde estão indo quando já estão acomodados no veículo. Não que seja uma completa surpresa, já que eles recebem um roteiro e pequenos treinamentos para o que vão fazer, mas contar qual o destino do ônibus ajudar a evitar qualquer tipo de ansiedade.

Cada uma das pessoas que participam do projeto pagam um pequeno valor pela “passagem”, para cobrir os custos da viagem, almoço e uma caracterização de acordo com o lugar que vão visitar (se for uma escola, eles alugam aquele ônibus amarelo). O meio de transporte não precisa ser necessariamente um ônibus, pode ser bicicletas, por exemplo, sempre dependendo do destino.

Existe um cuidado em sempre escolher um lugar onde os voluntários possam voltar se quiserem, ou seja, é um projeto bem local.

Londres, seus sistemas de transporte e o Chromaroma

O Chromaroma utiliza de dois serviços de transporte disponíveis em Londres para funcionar.

Oyster Card

O primeiro, Oyster Card, é uma espécie de Bilhete Único, um cartão eletrônico recarregável que o passageiro adquire e carrega uma certa quantia de dinheiro, até um máximo de £90,0, como se fosse um celular pré-pago. À medida que o passageiro usa o transporte, o valor vai sendo automaticamente deduzido do montante que foi carregado.  O cartão pode ser facilmente recarregado em diversas máquinas e guichês em várias estações da cidade e as passagens utilizadas através do cartão são mais baratas.

Barclays Cycle Hire

Já o outro, o Barclays Cycle Hire, é o sistema de bike sharing da cidade, que leva o nome do banco que financiou o 25 milhões de libras esterlinas para a implementação do projeto. A frota, composta inicialmente por 6 mil bicicletas, foi realizada pela Devinci Cycles, produtores do modelo já em uso em Montreal.
Mais.

Chromaroma

Chromaroma é uma ferramenta que calcula, marca e colore os caminhos e rotas a partir do quanto uma pessoa anda pela cidade e utiliza seus transportes.
O aplicativo reúne os dados dos usuários a partir de seu Oyster Card e seu cadastro do Barclays Cycle Hire, representando-os em mapas através de cores e transformando em um game, em que é possível competir com os amigos.

Filmes e transportes

The Bicycle City

O filme trata da relação entre a população de uma pequena cidade sub desenvolvida e as 20 mil bicicletas do projeto Pedals for Progress, de David Schweidenback, onde bikes usadas por cidadãos americanos são doadas a quem não poderia comprá-las. A intenção é mostrar o que mudou nos 20 anos do projeto, na cidade e nas pessoas que nela vivem.

The Parking Lot Movie

Estacionamos os carros ou eles nos estacionam?

The Parking Lot Movie é um documentário que trata de dilemas (desse tipo, bem existenciais) vividos por flanelinhas das esquinas de Charlottesville, Virginia. Ninguém imagina, mas para eles o apertado cubículo espremido entre bares lotados de universidades é o lugar perfeito para pensar e refletir sobre a condição da humanidade e o sentido da vida.

Dirigido por Meghan Eckman, o filme levanta as crises, muitas delas provocadas pelos motoristas de carros caros, que os flanelinhas expressam em arte e em observações e acusações contra a humanidade.